"EU SOU O BOM PASTOR;O BOM PASTOR DÁ A SUA VIDA PELAS OVELHAS."( JO 10,11)

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PAX ET BONUM

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

olhos esbugalhados de Simeão


Quinta-feira da oitava do Natal
1João 2, 3-11; Lucas 2, 22-35

Um casal está se dirigindo para a entrada do templo de Jerusalém.  Na vastidão da esplanada  do templo caminham  uma mocinha de Nazaré chamada  Maria e seu esposo, o carpinteiro  José.  Vão apresentar o menino no templo e cumprir as prescrições legais e religiosas. Vão a passo miúdo, mas decidido… Maria leva a criança envolvida em panos e José,   uma gaiola com rolinhas ou pombos… Vai começar,   para os dois,  a tarefa de cuidar do crescimento da criança que está envolvida nessas faixas de pano. Esse menino deverá crescer em idade, graça  e sabedoria diante de Deus e dos homens.
No átrio do templo estava Simeão, cheio de anos. Ele esperava a salvação que deveria se manifestar a Israel. Caminhava de um lado para o outro lentamente como que carregando a  história todas dos grandes personagens de seu povo: as promessas feitas a Abraão, Isaac e Jacó… os profetas todos… esses doces que anunciavam alegrias e outros, mais severos, que alertavam para a necessidade da   conversão.   Caminhando de um lado para o outro  Simeão,  como que mostrava uma certa ansiedade.  E  seu olhos divisam o casal que chega. “O Espírito Santo estava com Simeão e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias  que vem do Senhor”.  Fora movido pelo Espírito que se dirigira ao templo naquele dia.  E cumprem-se as promessas.  Simeão toma o menino nos braços e prorrompe no seu cântico de ação de graças e de júbilo.  Ele pode partir… seus olhos tinham visto a salvação que  Deus preparara para  todos os povos.  Seus dias de velhice se viam  iluminados por essa criança que viera como luz de Deus, claridade de Deus.
Maria,  a Mãe do Menino,  ouve ainda umas palavras misteriosas:  “Quanto a ti, uma espada de dor  te traspassará a alma”.  Somente bem depois, muito depois, ela haveria  de compreender o que  lhe havia dito o velho Simeão na entrada do templo. Somente mais tarde quando ele, a Mãe do Menino haveria de se tornar a Mãe do Supliciado e estaria com ele ao pé da cruz.
No momento, no entanto, era preciso voltar a casa e cuidar desse pequenino envolto em tantas faixas e panos.  Simeão os vê partir e se recolhe depois dessa tão grande comoção.  Seus olhos estavam arregalados e ele não conseguia quase  fechá-los….

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