A ALEGRIA DOS SERVOS QUE NÃO SE JULGAM INDISPENSÁVEIS
Sabedoria 2,23-3,9; Lucas 17, 7-10
Sabedoria 2,23-3,9; Lucas 17, 7-10
Não há dúvida. O discípulo estará em constante estado de formação. Há esse persistente empenho em escutar o Evangelho com os ouvidos do coração. E os que se deixam interpelar pelo Evangelho vivo que se chama Cristo, o Senhor ressuscitado, vão tomando consciência de que precisam dar sua colaboração à implantação do mundo novo que se chama Reino. Não existimos para nós mesmos. Existimos para que, através de nossos braços, de nossos empenhos os que vivem miseravelmente e sem dignidade possam levantar a cabeça e construir sua vida conforme sua nobreza de pessoa humana e de imagens do Deus Altíssimo. Somos servos como foi servo o Mestre da sala do lava-pés. Há o serviço que prestamos no cotidiano da vida. Maridos estão ao lado dessas mulheres que escolheram e que precisam ser pessoas profundamente realizadas. Há os pais que inventam meios e modos de fazer com que seus filhos consigam colocar os passos no caminho do dom, da verdade e no desejo de serem companheiros lúcidos dos irmãos e irmãs da face da terra. Há esse serviço prestado mesmo se, aqui ou ali, venhamos a renunciar aos lícitos reclamos de uma vida tranquila e serena. Há o serviço da pastoral de preparar os jovens para a fé, os noivos para fundar uma família sólida, os pais para sua missão de serem animadores da Igreja doméstica. | Há esse serviço que desenvolvemos pessoalmente, como há também esse trabalho mais complexo que realizados com outros para que o legislativo seja mais justo, os governos sem corrupção, os cidadãos mais respeitosos. ,,, Somos discípulos ativos. Não realizamos nosso trabalho improvisadamente. Tentamos agir e atuar com competência. Os catequistas não repetirão palavras piedosas, mas saberão dizer com gestos e palavras tudo aquilo que anima sua vida cristã. Os religiosos darão o testemunho belo de uma vida simples, profundamente pura, atenta ao desejo da vontade de Deus. Todos aprendemos a ir dando a vida pelos outros, sempre com uma bacia e uma toalha. Mas, atenção... cuidado com a simples ideia de pensar que o mundo melhorou devido a nossa competência ou piedade. “Quando tiverdes feito tudo o que vos mandarem, dizei: Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”. Somos servidores alegres, responsáveis, e ao mesmo tempo, sabemos que somos inúteis... Deus pode tudo, mesmo sem nossa pretensa convicção de que sejamos indispensáveis. Somos alegres servidores das coisas mais nobres, mas não nos julgamos indispensáveis. |
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