"EU SOU O BOM PASTOR;O BOM PASTOR DÁ A SUA VIDA PELAS OVELHAS."( JO 10,11)

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PAX ET BONUM

terça-feira, 8 de novembro de 2011

09 de novembro de 2011
Dedicação da Basílica do Latrão
A CASA DE DEUS NO MEIO DOS HOMENS

Ezequiel 47, 1-2.8-9.12; João 2,13-22
Neste dia 9 de novembro comemoramos a Dedicação da Basílica do Latrão,  a mãe de todas as igrejas. A primeira leitura extraída  do livro de Ezequiel fala do templo de Jerusalém e  o evangelho de João descreve a terrível cena da expulsão dos vendilhões do templo.  Famosa a frase de Jesus:  “Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio”.
Temos todos um carinho especial igrejas, capelas, templos onde, desde a nossa juventude,  celebramos  os mistérios adoráveis de nossa fé.  Certamente não queremos viver a sempre criticada religião do templo, ou seja, esquecer que o Deus de nossas celebrações é o mesmo que se esconde no rosto dilacerado do mais abandonado dos seres humanos. Desde o momento em que Deus resolveu fazer  a caminhada na direção do homem, desde o momento em que  o Verbo se fez carne e nasceu de Maria não podemos esquecer que o fundamental templo de Deus entre nós é o ser humano, de modo particular,  os mais abandonados.  Protestamos veementemente contra todo farisaísmo  cultual.  Não queremos que nossas crianças e nossos jovens cresçam na religião do culto e esqueçam de enxugar suor do rosto do mais excluídos e abandonados que são sacramentos de Cristo entre nós.  O Deus  Altíssimo se dignou morar no coração dos homens e das mulheres.
Dito isto, seja-nos permitido evocar a alegria que todos experimentamos  em nossas celebrações. Éramos ainda crianças  e ficávamos felizes e tocados com a celebração da Eucaristia na capelinha de nosso bairro.   Aprendemos a olhar com carinho para a hóstia branca de nossa vida.  Dirigíamo-nos à capela do bairro  chamados pelo sino que meia hora antes dava suas badaladas...
Quantas vezes, no tempo da adolescência, da juventude e da idade madura, íamos nos recolher nos bancos do templo,  diante do Santíssimo ou perto de uma imagem de Maria, nossa Mãe.   Houve, ao longo do tempo de nossa vida, tantas outras celebrações da eucaristia  nesses tantos templos de pedra.  Muitas vezes, nos momentos de aperto do coração, de arrependimento ou de exultação, corremos ao templo para estar como que mais perto do Senhor.  Muitos nos lembramos do silencio  majestoso e eloquente de nossos templos.  Quantos de nós com nossas  contribuições financeiras ajudamos a construir uma capela onde, depois, com nossa voz e nosso empenho,  quisemos fazer de sorte que o Evangelho fosse conhecido.  Nos templos de pedra, nós, devotos da Mãe do Senhor, cantamos as ladainhas e desfiamos juntos as contas do rosário.
Jesus se irrita, segundo textos evangélicos,  de ver que as pessoas frequentavam o templo sem transparência interior.  Esses falsos frequentadores  do templo viviam  de  fachada.  Pareciam santos rezadores mas haviam feito da casa do Pai um covil de ladrões.
E o texto  de Ezequiel nos fala das águas que, saindo do templo, irrigavam e fertilizavam a terra. Não podemos deixar de pensar nas águas límpidas que saíram do peito der Jesus, do templo de seu corpo, e passaram a irrigar o mundo inteiro.  “Pois as águas que banham as árvores saem do  santuário.  Seus frutos servirão de alimento e suas folhas serão remédio”. 

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