“Mulheres e homens que têm profundo senso de justiça, conhecimento e amor pelo Brasil”, diz secretário geral da CNBB sobre Comissão da Verdade

A Comissão da Verdade terá o período de
trabalho estipulado em dois anos e, depois disso, deverá oferecer
conclusões para ajudar no esclarecimento do que ocorreu de crimes
praticados na área dos humanos praticados entre 1946 e 1988. Nesse
trabalho, terá especial destaque os acontecimentos a partir de 1964,
quando começou a série de governos militares no chamado tempo da
ditadura.
Duas mulheres e cinco homens compõem a Comissão: Rosa Maria Cardoso da Cunha, advogada com especialização na defesa de crimes políticos; Maria Rita Khel, psicanalista e escritora; José Paulo Cavalcanti Filho, jurista, consultor da Unesco e do Banco Mundial; Cláudio Fonteles, ex-procurador-geral da República;, Gilson Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça; José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça; Paulo Sérgio Pinheiro, cientista político.
O secretário lembrou que a Comissão tem
importância “não somente para resgatar o passado, mas para fazer
memória do passado. Olhar para o passado e aprender com ele”. A
respeito da preocupação de que o trabalho seja “revanchista”, dom
Leonardo disse: “não creio que esses nomes escolhidos tenham esse tipo
de índole. São pessoas de grande valor moral e isso assegura que não
conduzirão os trabalhos para esse fim”.
Dom Leonardo também considerou que o
tempo disponível para os trabalhos da Comissão é bastante escasso e os
membros nomeados pela presidente precisarão de todo o apoio do para
realizarem um trabalho com profundo empenho: “esperamos que eles tenham
recursos e assessores necessários para realizarem os trabalhos”.
“A CNBB”, disse dom Leonardo, “sentiu
que os nomes escolhidos são de pessoas que têm grande amor pelo Brasil
e, por isso mesmo, a Comissão primará pela elucidação dos fatos e pela
reconciliação com nosso passado”.
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