O sagrado Concílio volta-se primeiramente para os fiéis católicos.
Fundado na Escritura e Tradição, ensina que esta Igreja, peregrina
sobre a terra, é necessária para a salvação. Com efeito, só Cristo é
mediador e caminho de salvação e Ele torna-Se-nos presente no Seu
corpo, que é a Igreja; ao inculcar expressamente a necessidade da fé e
do Baptismo (cfr. Mc. 16,16; Jo. 3,15), confirmou simultaneamente a
necessidade da Igreja, para a qual os homens entram pela porta do
Baptismo. Pelo que, não se poderiam salvar aqueles que, não ignorando
ter sido a Igreja católica fundada por Deus, por meio de Jesus Cristo,
como necessária, contudo, ou não querem entrar nela ou nela não querem
perseverar.
São plenamente incorporados à sociedade que é a Igreja aqueles que, tendo o
Espírito de Cristo, aceitam toda a sua organização e os meios de salvação nela
instituídos, e que, pelos laços da profissão da fé, dós sacramentos, do governo
eclesiástico e da comunhão, se unem, na sua estrutura visível, com Cristo, que a
governa por meio do Sumo Pontífice e dos Bispos. Não se salva, porém, embora
incorporado à Igreja, quem não persevera na caridade: permanecendo na Igreja
pelo «corpo», não está nela com o coração. Lembrem-se, porém, todos os filhos
da Igreja que a sua sublime condição não é devida aos méritos pessoais, mas sim
à especial graça de Cristo; se a ela não corresponderem com os pensamentos,
palavras e acções, bem longe de se salvarem, serão antes mais severamente
julgados .
Os catecúmenos que, movidos pelo Espírito Santo, pedem
explicitamente para serem incorporados na Igreja, já lhe estão unidos por esse
desejo, e a mãe Igreja já os abraça com amor e solicitude.
Constituição Dogmática Lumen Gentium
Constituição Dogmática Lumen Gentium
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