São Lucas, Evangelista
OS ANUNCIADORES DE UM MUNDO NOVO
2Timóteo 4, 10-17; Lucas 10, 1-9
OS ANUNCIADORES DE UM MUNDO NOVO
2Timóteo 4, 10-17; Lucas 10, 1-9
Comemoramos Lucas, o médico, amigo de Paulo. Na segunda carta a Timóteo, Paulo faz menção do autor do terceiro evangelho: “Demas me abandonou por amor deste mundo e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, Tito para a Dalmácia. Só Lucas está comigo”. Todo o texto da segunda a Timóteo fala dessa movimentação missionária, de um zelo de Paulo e de seus colaboradores no sentido de anunciarem uma boa nova que borbulha em seu interior. Há alegria de um lado, e lamento de outro. Há gratas surpresas e um buquê de decepções. Paulo afirma que Marcos lhe é útil para o serviço da palavra, para o ministério. Lamenta que Alexandre, o ferreiro, lhe cause dano e pede que Timóteo o evite... Paulo confia que o Senhor fecundará seu ministério. “O Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente e ouvida por todas as nações”. Lucas fala do envio dos setenta e dois discípulos pelo mundo afora. Deveriam eles ir dois a dois, sem títulos, sem dinheiro sem mostras de poder, anunciando a paz e a concórdia e curando os doentes.... Assim deveriam agir os evangelizadores e anunciadores do mundo novo de Jesus. Alguns trechos do Documento de Aparecida poderão nos ajudar a viver a missão de anunciadores do mundo novo de Jesus nesses tempos que são os nossos. “Diante de uma vida sem sentido, Jesus nos revela a vida íntima de Deus em seu mistério mais elevado, a comunhão trinitária. É tal o amor de Deus, que faz do homem, peregrino neste mundo, sua morada: “Viremos a ele e viveremos nele” (Jo 14,23). | Diante do desespero de um mundo sem Deus, que só vê na morte o final definitivo da existência, Jesus nos oferece a ressurreição e a vida eterna na qual Deus será tudo em todos (cf.1Cor 15,28). Diante da idolatria dos bens terrenos, Jesus apresenta a vida em Deus como valor supremo; “De que vale alguém ganhar o mundo e perder a própria vida? (Mc 8,36). Diante do subjetivismo hedonista, Jesus propõe entregar a vida para ganhá-la, porque quem aprecia sua vida terrena, a perderá (Jo 12,25). É próprio do discípulo de Jesus gastar a vida como sal da terra e luz do mundo. Diante do individualismo, Jesus convoca a viver e caminhar juntos. A vida cristã só se aprofunda e se desenvolve na comunhão fraterna. Jesus nos diz: “Um é seu Mestre, e todos vocês são irmãos” (Mt 23,8). Diante das despersonalização, Jesus ajuda a construir identidades integradas”. “Diante da exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e a vida digna de todo ser humano. De seu Mestre, o discípulo tem aprendido a lutar contra toda forma de desprezo pela vida e de exploração da pessoa humana. Só o Senhor é autor e dono da vida. O ser humano, sua imagem vivente, é sempre sagrado, desde a sua concepção até sua morte natural, em todas as circunstâncias e condições de vida. Diante das estruturas de morte, Jesus faz presente a vida plena. “Eu vim para dar vida aos homens e para que a tenham em plenitude” (Jo 10, 10). Por isso, cura os enfermos, expulsa os demônios e compromete os discípulos na promoção da dignidade humana e de relacionamentos sociais fundados na justiça” (nn. 109, 110, 112). |
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